A Emcash, uma Fintech de empréstimos peer-to-peer, propôs um desafio de melhoria da etapa de cadastro de novos usuários interessados em financiamento imobiliário. Além disso, a nota do app nas lojas era inferior a 3.5 estrelas.
Esses dados, combinados com a persona emocionalmente sensível da tomadora de crédito para imóvel, evidenciaram uma dor central: a experiência de onboarding era tecnicamente falha, emocionalmente frustrante e comercialmente ineficaz.
30 anos, mora com os pais, noiva, atendente de loja de roupas.
"Sempre tive o sonho de ter a casa própria. Um lar é mais do que um teto, tem a ver com bem-estar."
Coletei e analisei mais de 30 avaliações nas app stores, buscando padrões de reclamações. Aqui estão algumas delas:
Nota-se comentários recorrentes mencionando erros de envio de documentos, problemas com validação de câmera, falhas no recebimento do código SMS, e um suporte ineficiente ou ausente.
Também conduzi 7 entrevistas com usuários: 4 que abandonaram o cadastro e 3 que conseguiram concluir.
Com isso, identifiquei três grandes fricções:
Para melhor entendimento do fluxo de cadastro de pessoa física, aqui está o fluxo anterior de cadastro:
Diante desse cenário, defini uma estratégia focada em:
Essa abordagem permitiria equilibrar compliance com empatia, aumentando as chances de conversão sem comprometer a coleta de dados necessários.
Implementei uma nova estrutura em duas fases:
A interface foi redesenhada com foco em microinterações, mensagens de erro mais humanas e simplificação do formulário.
A expectativa era reduzir em pelo menos 50% a taxa de abandono inicial, aumentar o índice de usuários que concluem o cadastro e melhorar a avaliação nas lojas de aplicativo. Além disso, estimava-se uma queda no número de tickets abertos no suporte relacionados a falhas no envio de documentos e cadastro incompleto.
Ainda sem testes quantitativos após a implementação, mas validei a proposta com 3 entrevistas de usabilidade remotas, que mostraram que a nova estrutura transmitia mais clareza, controle e segurança para os usuários, especialmente no que diz respeito ao momento e à razão pela qual dados sensíveis estavam sendo solicitados.
Cada metodologia aplicada tinha um propósito claro: entender a dor, respeitar o momento do usuário e propor soluções viáveis com alto impacto.
Ao final, o redesign não só responde à dor inicial, como também propõe uma mudança de mentalidade no modo como produtos financeiros abordam o onboarding: menos cobrança, mais contexto e empatia.