Minha primeira experiência em startup foi na Nucont, uma empresa de tecnologia contábil que transformava balancetes em dashboards visuais e estratégicos para contadores. Entrei como analista de Customer Success, mas já naquela época minha mentalidade estava muito voltada para experiência e jornada do usuário, mesmo sem ainda saber que isso era UX.
O produto era bom, mas havia um problema: muitos clientes chegavam animados e saíam frustrados, dizendo que “o produto não era o que esperavam” ou “não conseguiam usar para gerar valor para seus próprios clientes”. Como CS, eu estava na linha de frente desses feedbacks.
E foi aí que resolvi agir.
Identificamos que a etapa pós-venda era rasa e ineficaz: o cliente saía direto do vendedor para o CS, sem nenhuma triagem, e muitas vezes as expectativas criadas na venda não correspondiam à real maturidade do cliente (tecnológica ou estratégica).
O resultado? Alto churn logo nos primeiros meses, frustração de ambos os lados, e um sentimento de que “o produto não era para mim”.
Comecei com uma pergunta simples:
“Como podemos entender a verdadeira dor do cliente antes mesmo de ele começar sua jornada?”
Eu liderei a criação de um Integração estratégica fluxo, dividido em quatro estágios:
Antes dessa experiência, eu via o sucesso do cliente muito pela lente da entrega operacional. Mas ao assumir esse projeto, percebi que a experiência começa antes mesmo do uso da plataforma – começa com expectativa, preparo e direcionamento.
Esse projeto foi meu primeiro grande contato com a mentalidade de UX aplicado à jornada de serviço: entender comportamento, adaptar soluções e criar uma trilha clara, personalizada e sem ruído. Foi ali que comecei a atuar como designer sem saber que era. Hoje, com mais experiência, vejo o quanto esse case antecipou minha trajetória atual em UX e Product Design.